Surto bacteriano atinge milhares de pessoas na China

Incidente aconteceu após vazamento de gases contaminados, vindos de uma fábrica de produtos farmacêuticos da cidade de Lanzhou

Surto bacteriano atinge milhares de pessoas na China
Foto: Pixabay

Milhares de pessoas do município de Lanzhou, região noroeste da China, testaram positivo para uma doença bacteriana após o vazamento em uma empresa biofarmacêutica em 2019. A informação foi confirmada pela Comissão de Saúde do governo local nesta terça-feira (15).

Ao todo, 3.245 pessoas contraíram a doença brucelose, que geralmente é causada quando há o contato com gados e rebanhos também infectados. O teste foi feito no dia 14, com 21.847 dos 2,9 milhões dos habitantes da cidade. A princípio, havia mais 1.401 exames confirmados, mas os resultados foram descartados. A Comissão de Saúde informou que não foram relatadas mortes.


A brucelose também é conhecida como febre de Malta ou febre do Mediterrâneo, e pode causar sintomas como dor de cabeça, dores musculares, febre e fadiga. Alguns sintomas ainda podem se tornar crônicos e nunca desaparecer, como inchaço em alguns órgãos e artrite.

O surto foi resultado de um vazamento na fábrica de produtos farmacêuticos biológicos, Zhongmu Lanzhou, entre os meses de julho e agosto de 2019. A empresa estava desenvolvendo uma vacina contra a Brucella, bactéria causadora da doença, que seria aplicada em animais, O laboratório, porém, usava desinfetantes e sanitários vencidos, o que significa que nem todos os patógenos foram eliminados nos gases residuais.

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Segundo as autoridades de saúde, o gás residual, que estava contaminado, formou aerossóis contendo a bactéria que vazaram no ar, carregando a Brucella, pelo vento, até o Instituto de Pesquisa Veterinária de Lanzhou, onde ocorreu o primeiro surto.

Entre as pessoas infectadas, até o final do ano passado, estão os membros do instituto, alunos e educadores da Universidade de Lanzhou, e até mesmo cidadãos da província de Heilongjiang.

Após investigações, a Comissão de Saúde proibiu a fábrica de continuar produzindo a vacina, além de outros medicamentos veterinários. A empresa fez um pedido de desculpas público em fevereiro deste ano e informou ter punido oito funcionários que estariam envolvidos no incidente. A farmacêutica comprometeu-se ainda a cooperar com o processo de limpeza e com a compensação dos infectados.

A cidade teve 11 hospitais públicos disponibilizados para exames gratuitos e regulares para todos que foram infectados, de acordo com um relatório da comissão. O documento também aponta que os contaminados têm recebido uma indenização desde outubro, mas não dá informações detalhadas.

Com informações do SBT

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