Médica autista brasileira comparada ao The Good Doctor, comanda hospital em RO

Ela entrou para a faculdade de ciências sociais da UFU em 2011, com apenas 14 anos.

Médica autista brasileira comparada ao The Good Doctor, comanda hospital em RO
Médica autista superou bullying que sofreu na infância — Foto: Ísis Capistrano

Sim, nós temos o nosso doutor Shaun Murphy, da série The Good Doctor. E no caso brasileiro trata-se de uma mulher: Larissa Rodrigues de Assunção, uma médica autista que tem transformado positivamente a rotina de um dos hospitais de campanha de Porto Velho, em Rondônia.

Larissa tem 26 anos e assumiu este ano a gerência do Hospital de Campanha Zona Leste, montado no antigo Cero, Centro de Reabilitação de Rondônia.

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A jovem médica dirige a instituição inteira e ainda atende pacientes com muita competência e dedicação. Ela surpreende e inspira!

“Larissa exerce suas funções com brilhantismo. Eu já a vi fazer coisas interessantíssimas, como uma traqueostomia com bisturi em uma urgência. Ela conseguiu abrir a cartilagem acima da tireoide de um paciente para obter uma via de acesso. Trata-se de um procedimento de alta qualidade e que foi feito em uma situação de urgência, em meio à calamidade de saúde pública”.

As palavras são do médico Luís Moreira Gonçalves, que é português e foi para Rondônia em fevereiro, atendendo a um chamado emergencial do Ministério da Saúde.

Luís ficou admirado desde o primeiro contato com a médica brasileira e foi ele quem fez o convite para Larissa assumir o hospital.

Autismo

Larissa foi diagnosticada com transtorno de espectro autista ainda na infância. Ela conta que sofreu muito bullying e precisou trocar de escola algumas vezes.

A jovem médica tinha dificuldades de se relacionar, interagir com colegas, professores e de fazer contato visual com alguém.

Apesar disso, ela sempre foi uma criança brilhante. E isso a fez ter conquistas a vida inteira.

Medicina

A medicina veio como uma forma de lidar com as próprias barreiras internas. Larissa tem uma superdotação intelectual, que a ajuda a entender o que ela conquistou até aqui.

A jovem entrou para a faculdade de ciências sociais da UFU (Universidade Federal de Uberlândia) em 2011, com apenas 14 anos.

Foi a vontade de compreender a mente humana que motivou a mudança de Uberlândia (MG) para Porto Velho (RO), para cursar medicina na Unifimca (Centro Universitário Aparício de Carvalho).

Após concluir o curso, Larissa emendou uma pós-graduação em neurociências pela Universidade Duke, nos EUA.

Hoje ela finaliza duas especializações — neuroimagem pela Universidade Johns Hopkins (EUA) e psiquiatria pela PUC-RS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul).

“Meio nerd”

A médica conta que suas conquistas vieram por ser “meio nerd”.

Entre os colegas, é comum a associação com Shaun Murphy, o médico fictício da série “The Good Doctor”, que tem autismo e utiliza seus talentos para salvar a vida de pacientes.

“Eu tenho compromisso como médica e com o corpo clínico que segura a barra de tantos pacientes que precisam de cuidado”, explica Larissa.

E complementa que “contar minha história é uma coisa muito estranha. Tudo aconteceu rápido na minha vida. Na minha infância e adolescência, algumas pessoas me viam como algo extraordinário, com uma ‘super mente’, e outras me viam exatamente de modo oposto. Hoje, isso não me incomoda. O autismo faz parte de mim, mas não me define e não limita o meu potencial”, lembrou.

Como é maravilhoso ver histórias de pessoas incríveis, fazendo coisas mais incríveis ainda, não é verdade?

Parabéns doutora Larissa!

Médica autista brasileira comparada ao The Good Doctor, comanda hospital em RO
Larissa, durante o plantão no hospital — Foto: Ísis Capistrano

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Com informações do Só Notícia Boa e Rondo Notícias

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