A agressão foi feita em uma loja de departamentos. Um homem invadiu o local e começou a esfaquear pessoas. A brasileira Christiane H. morreu ao proteger a filha
Um ataque brutal em uma loja de departamentos de Würzburg, Alemanha, levou à morte a brasileira Christiane H., 49 anos. A professora de alemão estava com a filha Agnes (11) num estabelecimento comercial, na sexta-feira (25/6), quando um homem, Abdirahman J, 24 anos, invadiu o local e começou a esfaquear pessoas. Ao ver que o agressor atacaria a filha, Christiane se jogou por cima de Agnes e foi esfaqueada diversas vezes. O ataque só parou quando uma aposentada, de 82 anos, interveio e foi morta segundos depois.
As informações são do jornal alemão Kurier. O agressor matou outra pessoa e foi em direção a um banco, onde feriu cinco pessoas. Ao tentar fugir do local, ele foi controlado por civis que estavam fora do estabelecimento, que o pararam com cadeiras e pedaços de pau. A polícia conseguiu prender o agressor após atirar na perna dele.
Christiane morreu no local. A filha, Agnes, aguarda a chegada do pai ao país. Procurado pelo Correio, Eduardo Pataki, marido de Christiane e pai de Agnes, afirmou estar "sem condições emocionais" para falar sobre o ocorrido.
No Facebook, a foto de perfil de Christiane é com a filha e os álbuns do perfil dela registram momentos felizes da família explorando o país. No sábado (26/6), moradores da cidade depositaram flores e velas no local do incidente.
Motivação é investigada; polícia da cidade descarta ataque jihadista
O ministro do Interior, Joachim Herrmann, afirmou que Abdirahman J. era conhecido por atos de violência e foi internado recentemente em uma clínica psiquiátrica. De acordo com o ministro, uma testemunha ouviu o agressor gritar “Alá Akbar” no momento do ataque. A frase, que significa Alá é grande, ficou conhecida após diversos extremistas jihadistas proferi-la antes de cometer ataques terroristas.
No entanto, a Agência France-Presse relatou que a polícia da cidade deixou claro que o agressor não era “conhecido por convicções islamitas”. Abdirahman é da Somália, chegou à cidade em 2015 e morava em um centro para pessoas sem moradia.
Com informações do Correio Braziliense