Quadrilha que faturou R$ 12 milhões com sorteios falsos é alvo da PF no Agreste de PE

Uma operação da Polícia Federal (PF) expediu, nesta terça-feira (22), medidas cautelares judiciais e mandados de busca e apreensão a empresários e ganhadores de prêmios de sorteios localizados nas cidades de Caruaru e Cachoeirinha, no Agreste Central, e Garanhuns, no Agreste Meridional.

Quadrilha que faturou R$ 12 milhões com sorteios falsos é alvo da PF no Agreste de PE
Foto: Reprodução/ Internet

De acordo com a PF, as investigações identificaram que um grupo criminoso manejava um esquema que teria faturado cerca de R$ 12 milhões por lavagem de dinheiro. Os investigados poderão responder por crimes de lavagem de bens e valores, associação criminosa, estelionato, falsidade ideológica e uso de documento falso; cujas penas, somadas, podem chegar a 22 anos de prisão.

A operação policial chamada de “Venerália”, deflagrada pela PF de Varginha, em Minas Gerais, aponta que o grupo tinha bases operacionais em mais de um estado da federação. A polícia considera que a operação visa combater a lavagem de dinheiro decorrente do comércio de títulos de capitalização, na modalidade popular, entre os anos de 2011 e 2016, vendidos em dezenas de cidades.

A PF explicou que 27 ordens judiciais foram expedidas pela 11ª Vara Federal de Belo Horizonte, sendo nove medidas cautelares judiciais específicas e 18 mandados de busca e apreensão em desfavor de pessoas físicas e jurídicas, cumpridos nas cidades pernambucanas de Caruaru/PE (3), Garanhuns/PE (1) e Cachoeirinha/PE (1).

A operação também atuará nas cidades de Belo Horizonte/MG (2), Varginha/MG (1), Porto Alegre/RS (2), Chapecó/SC (1), Blumenau/SC (1), São Paulo/SP (1), Cajamar/SP (2), Tanabi/SP (1), Presidente Prudente/SP (1), e Matão/SP (1).

A PF explicou que as investigações têm como alvos empresários e ganhadores de prêmios de 2015 e 2016, alguns deles da ordem de R$ 300 mil. Na operação, foram apuradas a lavagem de valores obtidos com a venda das cartelas, por meio de omissão da real quantidade efetivamente comercializada; a possível fraude nos sorteios das cartelas numeradas; e o suposto desvio do quinhão que deveria, por força de lei, ser creditado a entidade beneficente ou de utilidade pública.

O nome da Operação é uma alusão ao festival dedicado à deusa Vênus, que ocorria no dia 1º de abril de cada ano (no calendário gregoriano, “dia da mentira”), em face à fraude nos sorteios, também objeto da investigação.

Com informações do Diario de Pernambuco

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