Drones liberaram cargas elétricas nas nuvens para criar chuva
A cidade de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, vem enfrentando temperaturas superiores a 50ºC há dias. Situada na região do deserto da Arábia, na costa do Golfo Pérsico, Dubai recebe em média menos de 10 centímetros de chuva por ano. O que não é o bastante para amenizar as fortes temperaturas que castigam a região, sendo necessário a produção de tempestades artificiais para amenizar a onda de calor extremo.
Um teste iniciado nesta semana, criou um temporal com a ajuda de diversos drones, que liberaram cargas elétricas nas nuvens, fazendo o estimulo para que elas se aglutinassem e formassem chuva. O projeto conta com a parceria de pesquisadores ingleses, que estudam a técnica desde meados do século passado.
O que estamos tentando fazer é com que as gotículas dentro das nuvens sejam grandes o suficiente para que, quando caiam da nuvem, sobrevivam até a superfície
explica Keri Nicoll, meteorologista da Universidade de Reading.
Segundo o Departamento de Meteorologia dos Emirados Árabes Unidos, a estratégia tem funcionado. O uso dessa tecnologia que estimula chuvas artificialmente foi iniciado em 2017, e custou ao governo dos Emirados Árabes Unidos, em torno de US $ 15 milhões. Chuvas fortes têm caído sobre a região, num fenômeno semelhante às monções que desabam anualmente sobre a Índia.
A técnica de pulverização ou semeadura de nuvens foi criada originalmente por cientistas americanos na década de 1940. Ela consistia em bombardear a atmosfera com partículas sólidas, geralmente sal ou iodeto de prata, para estimular a precipitação em regiões sujeitas a estiagens rigorosas.
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