Suspeito de estuprar e engravidar enteada nos EUA é preso em MG

Pintor teria prometido 'se casar e ter muitos filhos' com a vítima, que hoje tem 14 anos; jovem se recusou a interromper a gravidez

Suspeito de estuprar e engravidar enteada nos EUA é preso em MG
Foto: Reprodução/ Piqsels

A Polícia Civil prendeu em Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte, um homem de 48 anos suspeito de ter estuprado e engravidado a enteada de 13 anos em Quincy, cidade do estado de Illinois, nos Estados Unidos.

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Segundo informações repassadas pela Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal) para as Polícias Federal e Civil, a família nos EUA desde agosto de 2019. O homem teria começado a se aproximar da jovem quatro meses depois, inicialmente com carícias e, pouco depois, evoluindo para os abusos sexuais.

De acordo com a investigação dos policiais americanos, a mãe já teria desconfiado da relação entre os dois, mas tanto ele quanto a criança teriam negado.

ESTUPRO E GRAVIDEZ

Em setembro de 2020, a menina começou a apresentar aumento do tamanho da barriga e teria passado mal várias vezes. A mãe levou a filha até um hospital, onde foi descoberta a gravidez. A própria equipe da unidade de Saúde acionou a polícia local, que começou a investigar o caso. Aos agentes, a jovem disse ter praticado relações sexuais com um homem de 20 anos que conheceu pela internet, mas, por não ter dado detalhes ou mesmo o nome do possível abusador, a polícia desconfiou da versão.

Após alguns dias, a menina assumiu que havia tido relações com o padrasto e confessou ter mentido no primeiro depoimento para não prejudicar o suspeito. Segundo a delegada Ariadne Coelho, a vítima teria dito aos policiais americanos que havia “se apaixonado” pelo padrasto.

— Ela contou que ele prometeu se casar e ter vários filhos com ela. Todos os abusos foram sem preservativos e teriam sido cometidos nos momentos em que a mãe da vítima estava no trabalho. A menina é muito infantil e imatura, tanto que ela disse aos policiais que havia feito ‘aquilo que a mulher faz para engravidar’.

O pintor teria saído dos Estados Unidos em outubro, após descobrir que a polícia local havia determinado a prisão dele. Segundo a Interpol, o suspeito foi ajudado financeiramente pela irmã e por brasileiros que moram no país. O homem foi para o México, onde pediu um passaporte de emergência na Embaixada Brasileira e, na sequência, veio para o Brasil. Segundo Ariadne, o pintor veio para o país natal para não correr o risco de ser condenado à prisão perpétua nos EUA, acreditando que não seria preso no Brasil.

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FUGA E PRISÃO

O homem chegou em São Paulo no fim de outubro e veio para Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte. Ele não estabeleceu residência fixa e trabalhou como pintor para sobreviver. O caso foi repassado pela Interpol para a Polícia Civil em fevereiro deste ano, após as provas enviadas serem validadas pelo Ministério da Justiça. A delegada Ariadne Coelho explica a importância deste trâmite.

— A prisão demorou um pouco porque a equipe precisava dessa validação das provas para evitar uma futura anulação do processo.

O suspeito foi detido na última terça-feira (27) em Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte, onde fazia um trabalho de pintor. Aos policiais, ele confessou ter abusado sexualmente da criança e aceitou fornecer material genético para o exame de paternidade. Ele não deu mais detalhes e disse que só voltaria a falar após orientação de um advogado.

De acordo com a delegada, o homem já teria visto o bebê, que hoje tem 7 meses, por meio da internet. A vítima de abuso sexual, que atualmente tem 14 anos, teria se negado a interromper a gestação.

— A menina não quis abortar, ela disse que ia ter o filho. Ela continua morando com a mãe em Quincy.

Segundo a investigadora, o suspeito vai ficar preso preventivamente por 30 dias, podendo ser prorrogado por mais 30. Após a conclusão do inquérito, uma ação penal de estupro de vulnerável deve ser aberta contra o suspeito. Se condenado, a pena pode chegar a 15 anos, podendo ser aumentada em 50% pelo fato da vítima ser familiar. Além disso, o juiz pode incrementar a pena pelo fato dos abusos terem sido constantes e também pela fuga do suspeito.

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Com informações do R7

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