Cheirozinho é alvo de polêmica após exclusão de criança autista de espetáculo

Caso ganhou repercussão nas redes sociais

Cheirozinho é alvo de polêmica após exclusão de criança autista de espetáculo
A pediatra Dra. Caroline Teles, e o Palhaço Cheirozinho — Foto: Reprodução/ Instagram

Um episódio ocorrido no último sábado (24) no Circo do Cheirozinho, localizado na Avenida Coronel Veremundo Soares, em Salgueiro, tem suscitado ampla discussão sobre a inclusão de pessoas com autismo em eventos públicos. Uma mãe, ao levar seu filho autista e duas sobrinhas para um espetáculo circense, enfrentou uma situação desconfortável que terminou em polêmica.

Durante a apresentação, um dos palhaços, ainda menor de idade, iniciou uma interação com a plateia, convidando as crianças para subirem ao palco. O menino autista, motivado pela chance de participar, foi até o palco, mas foi questionado pelo palhaço sobre seu colar de girassol - um símbolo usado para indicar condições como o autismo. Após confirmar ser autista, o menino foi informado pelo artista que não poderia participar da atividade e deveria retornar ao seu lugar, causando desconforto entre os familiares.

A pediatra Dra. Caroline Teles, mãe de uma criança autista, ampliou a visibilidade do incidente ao compartilhar um vídeo sobre o ocorrido, gerando um amplo debate sobre a exclusão vivenciada por famílias de crianças atípicas em espaços de lazer.


Em resposta às críticas, o Palhaço Cheirozinho, pai do jovem artista envolvido no incidente, falou em rádio nesta quarta-feira (28) esclarecendo que a intenção era prevenir possíveis acidentes, considerando a presença de animais na apresentação. Ele também ressaltou a presença de pessoas com autismo em sua própria família, buscando enfatizar a compreensão e empatia para com a condição.

O Circo do Cheirozinho fez um pronunciamento e pediu desculpas aos pais de crianças atípicas e a todos que se sentiram ofendidos pela situação. Em comunicado, a organização destaca seu compromisso com a empatia, sensibilidade e humanidade, reiterando que não houve intenção de preconceito ou prática de exclusão.



Este incidente levanta questões importantes sobre a necessidade de espaços de entretenimento se adaptarem para garantir a inclusão e participação de todas as crianças, independentemente de suas condições. A discussão segue aberta entre a comunidade, com muitos pedindo por mais conscientização e ações concretas que promovam um ambiente acolhedor para todos.

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