Mãe oferece bicicleta da filha em troca de alimento para ceia de Natal

Uma mãe de Belo Horizonte comoveu internautas nesta quarta-feira, 22, após oferecer a bicicleta da filha no Facebook em troca de frango e verduras para cozinhar no Natal. Com sete membros, família vive em situação de pobreza; entenda

Mãe oferece bicicleta da filha em troca de alimento para ceia de Natal
Foto: Reprodução/ Facebook

Uma mãe de Belo Horizonte comoveu internautas após oferecer a bicicleta da filha no Facebook em troca de frango e verduras para cozinhar no Natal. Segundo informações do portal R7, Danielle Moura procurou ajuda na rede social por estar com a geladeira praticamente vazia e não poder trabalhar devido a problemas de saúde.

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“Foi no desespero. A bicicleta da minha filha pequena é a única coisa que eu tenho de valor. Meu celular está quebrado e com a parte de cima [da tela] queimada, minha televisão é de tubo, quem vai querer comprar?”, desabafou a mulher em entrevista ao portal. Quando publicou no Facebook, nessa quarta-feira, 22, ela tinha arroz, canjiquinha e uma batata para alimentar sua família de seis pessoas.

Além dela, são quatro filhos com idade entre três e 18 anos e sua mãe. O pai das crianças saiu de casa há seis meses, conforme reportou o R7. Em relação à higiene, a família tinha apenas um sabonete e algumas fraldas. Contas de luz, água e aluguel estão atrasadas há meses. Nos comentários da publicação que fez, Danielle foi prometida ajuda na alimentação e nas contas. Ainda de acordo com o R7, interessados podem ajudar pelo telefone (31) 9-9232-9151.


POBREZA NO BRASIL

A família de Danielle, assim como outras diversas espalhadas pelo Brasil, vive em condições muito próximas à de extrema pobreza — quando uma família tem renda de até R$ 100 por pessoa, segundo decreto de novembro. Atualmente, a renda da casa é de R$ 700 (R$ 116,60 por pessoa), uma pensão que a avó recebe desde a morte do marido, em 2020.

Conforme mostrou pesquisa da Fundação Getulio Vargas (FGV), 10,97% da população brasileira, cerca de 23,1 milhões de pessoas, era pobre. Em setembro de 2020, quando começou o pagamento do auxílio emergencial, a pobreza recuou para 4,63% do total, ou 9,8 milhões de brasileiros. Já em julho deste ano, com a retenção do auxílio, o índice voltou a aumentar: cerca de 27,7 milhões de brasileiros são considerados pobres ou extremamente pobres.

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